terça-feira, 21 de setembro de 2010

[post IV] Liberdade

Como existem pessoas que ainda vilipendiam e não priorizam isto? Ultimamente venho pensando muito neste aspecto da vida, no que a liberdade vem oferecendo, e qual a margem que ela tem a oferecer. Em um primeiro momento, a tendência é pensar em liberdade de expressão e de opiniões; isto temos há muito tempo, e não nos tirarão tão fácil. Digo outro tipo de liberdade: a que nos foi dada junto com o direito de ir e vir. Adquiri um estilo de vida que propicia aproveitar muito disto, apesar de ser um estilo de vida, digamos assim, solitário. Ele precisa ser assim, para que eu possa viver plenamente e desfrutar deste sentimento de 'eu posso fazer o que eu quiser, ir onde eu quiser, a hora que eu quiser, e não devo satisfações a quem quer que seja'. Por vezes sou muito radical neste sentimento, e acabo me omitindo de muitas coisas das quais não precisaria me omitir, enfim, deixo de fazer com frequência coisas que qualquer cara de quase 20 anos faz, tudo para defender este estilo de viver. Ou há 2 anos atrás, talvez nem isto, eu me imaginava enfrentando 2 horas de viagem até a Redenção, só para caminhar, sentar, ler e curtir um dia de sol? Então enfrentando 8 horas de viagem até a Fronteira para ver meu time, com gente que eu nunca tinha visto na vida? Penso que a maioria das pessoas, por dependerem demais das outras, deixam de fazer muitas coisas que gostariam de fazer. Claro que não deixo de sair com meus amigos, seria anti-social uma atitude assim, contudo, não dependo deles para curtir uma noitada, por exemplo. Me sinto bem, me parece uma coisa mística esta postura de independência total e absoluta. Domingo completarei 20 anos de idade, e já dispensei qualquer tipo de comemoração isolada; se não puder comemorar um pouco com cada pessoa, ou grupo de conhecidos, não comemorarei com ninguém - até comemorarei, mas somente com esta que sempre me acompanha, em todas as partes: a liberdade. Escrevi em um post anterior, ou, se não escrevi, pensei em escrever, algo sobre paixão. É, decidi que sou um apaixonado pela vida, ainda que isto reflita um certo egoísmo da minha parte. Dane-se, neste ponto tenho orgulho de ser um cara completamente egoista, mais uma liberdade que foi me dada.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

[post III] E dê-lhe iodo...

Minha mãe tem uma frase, para quando eu deixo os alimentos muito salgados, por peso nas mãos. Diz ela, 'quem usa muito sal, é porque está apaixonado'. Sábado passado me peguei em um restaurante, entopindo o combo salada/batatas fritas com o tal tempero. Sempre gostei muito, principalmente de vegetais, bem salgados. Onde quero chegar com isto? Na frase de minha mãe; segundo a 'teoria' dela, sou um permanente apaixonado. Pessoalmente, acho isto um absurdo, mas pode ser que tenha uma ponta de verdade nisto tudo. Porque, estar apaixonado, não necessariamente precisa ser por alguém. Sempre me considerei um apaixonado pela vida; apesar de já ter querido largar tudo de mão, claro, porque o ódio, de certa forma, também é uma forma de demonstração de amor. Hoje, posso dizer, não sem certa desconfiança comigo mesmo, de que a tendência é comer mais sal do que comida. Digo 'a tendência', pois nunca fui muito acertado com meu alter-ego, que vive em conflito constante comigo. O melhor é saber que isto tem a ver com pessoas, mesmo que possa não ser isto mesmo, e que o jogo não é fácil. E quem gosta de jogos fáceis? A diferença destes para os fáceis, é que a força a ser feita é muito maior. Por que não alimentar-me melhor, com comidas de sal? Afinal, minha mãe sempre esteve certa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

[post II] Consciência?

Me peguei pensando segunda-feira à noite, quando estava no ponto de ônibus, e vi uma enorme pixação em uma parede, com as seguintes palavras: 'vote nulo'. Por toda Porto Alegre já vi esta frase registrada com inteligência ímpar nos muros. É inadmissível estarmos em 2010, século XXI, e as pessoas terem tão pouca consciência política. Entendo e discuto (e gosto disto) com quem tem visões políticas diferentes da minha, por mais que isto possa causar conflitos, mas, antes isto do que gente vazia de discernimento. Antes votar no maior inimigo político do meu candidato, do que jogar seu voto fora, com ato de tamanha mesquinharia e burrice. As vezes acho que merecemos os governantes e o país que temos, pois boa parte da população é cega-surda-muda quando se trata de política. Na aula de Empreendedorismo, terminada minutos antes de eu ver os dizeres num paredão do Viaduto da Conceição, o professor falou algo interessante sobre o processo eleitoral: as pesquisas de intenção de voto são ilusórias e manipulam os eleitores. Reformulo uma teoria, que tem muito do que o próprio professor dizia, quando digo, com certa convicção, que o brasileiro não gosta de perder, logo, não vai dar seu voto ao candidato que certamente perderá. Pra que campanhas, propostas (tudo bem que enganosas, na maioria das vezes), programas, entre outras coisas, se o povo vai se guiar por uma mera pesquisa de opinião (dos outros - eu, pelo menos, nunca participei de uma)? Depois anulam o poder de decisão do povo, e irão reclamar à sua velha maneira: resmungando, sem a mínima capacidade de reação - a mesma capacidade que depositam na urna, de 2 em 2 anos.

[post I] Proposta da Brincadeira

Estou iniciando este blog porque simplesmente preciso escrever. Ainda não sei sobre o que escreverei, quando escreverei, aliás, não sei nem se escreverei. Disse que preciso, não que vou. Não vou fazer igual ao Otras Cositas Más, que parecia ter uma temática, e acabou fugindo dela, enfim, durou até que muito tempo. Não sei se este vai durar, mas rabiscos na vida são feitos constantemente; penso que se eu evitar saturar a brincadeira, e for mais 'fly', conseguirei fazer render, tanto o blog, quanto minha criatividade (e motivação - mais importante). A regra é: sem regras. Se tiver que escrever sobre coisas da vida, escreverei; se tiver que me estender nos textos, me estenderei; se tiver que esquecer de postar qualquer bobagem por aqui, por tipo, uns 6 meses, me esquecerei. A liberdade que temos para rabiscar nossas vidas, estou tomando para iniciar este blog.