quinta-feira, 16 de setembro de 2010
[post II] Consciência?
Me peguei pensando segunda-feira à noite, quando estava no ponto de ônibus, e vi uma enorme pixação em uma parede, com as seguintes palavras: 'vote nulo'. Por toda Porto Alegre já vi esta frase registrada com inteligência ímpar nos muros. É inadmissível estarmos em 2010, século XXI, e as pessoas terem tão pouca consciência política. Entendo e discuto (e gosto disto) com quem tem visões políticas diferentes da minha, por mais que isto possa causar conflitos, mas, antes isto do que gente vazia de discernimento. Antes votar no maior inimigo político do meu candidato, do que jogar seu voto fora, com ato de tamanha mesquinharia e burrice. As vezes acho que merecemos os governantes e o país que temos, pois boa parte da população é cega-surda-muda quando se trata de política. Na aula de Empreendedorismo, terminada minutos antes de eu ver os dizeres num paredão do Viaduto da Conceição, o professor falou algo interessante sobre o processo eleitoral: as pesquisas de intenção de voto são ilusórias e manipulam os eleitores. Reformulo uma teoria, que tem muito do que o próprio professor dizia, quando digo, com certa convicção, que o brasileiro não gosta de perder, logo, não vai dar seu voto ao candidato que certamente perderá. Pra que campanhas, propostas (tudo bem que enganosas, na maioria das vezes), programas, entre outras coisas, se o povo vai se guiar por uma mera pesquisa de opinião (dos outros - eu, pelo menos, nunca participei de uma)? Depois anulam o poder de decisão do povo, e irão reclamar à sua velha maneira: resmungando, sem a mínima capacidade de reação - a mesma capacidade que depositam na urna, de 2 em 2 anos.
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